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Belga causa polêmica ao fazer documentário sobre o assédio que recebe dos homens nas ruas

13 Comentários
20/ago 2013


Femme de la rue sexism in the streets of… por abdel1970

“Uma jovem belga de apenas 25 anos decidiu gravar o que ouvia dos homens enquanto caminhava pelas ruas de Bruxelas – e principalmente de sua vizinhança, em um bairro pobre da cidade. O resultado foi o documentário Femme de la Rue (Mulher da Rua, em tradução livre).

Com uma câmera escondida, Sofie Peeters registrou o assédio sexual e os insultos que sofria enquanto caminhava pela capital belga.
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Inicialmente pensado como trabalho de conclusão de seu curso de cinema, o documentário acabou suscitando um debate sobre a violência sofrida por milhares de mulheres todos os dias e ultrapassou as fronteiras da Bélgica.

A maioria das imagens do assédio sofrido por Sofie foi gravada em Anneessens, um bairro pobre de Bruxelas, onde a jovem mora há dois anos. O bairro tem uma grande população do norte da África, de países árabes e muçulmanos – e a maior parte dos homens gravados realmente era de origem norte-africana. Por isso, Peeters foi acusada de racismo por alguns críticos.

As cenas mostram uma sucessão de homens abordando a jovem à medida que ela avança em seu caminho pelas calçadas e parques da capital belga. Um deles chega pelas suas costas, dizendo que ela é “linda”. Outro, simplesmente a cruza na calçada, vira o rosto em sua direção e a chama de “vadia”.
Cena do documentário de Sofie Peeters (Foto Divulgação)

Homens fotografam Sofie em parque, em cena incluída em seu documentário

Em outra sequência, Sofie passa em frente a um bar, com mesas na calçada. Um homem diz que “se ninguém fizer um elogio, ela vai se sentir mal”. Em outra cena, um rapaz a convida para beber algo em seu apartamento. Diante da recusa, ele insiste e diz que Sofie o deixa “com vontade”, o que faz com que seja “normal” abordá-la daquela maneira.

“Acho que a primeira coisa que uma mulher se pergunta é: ‘Sou eu? Foi algo que fiz? São as minhas roupas?'”, contou a jovem, em uma entrevista à emissora de TV belga RTBF que já foi vista por mais de um milhão de pessoas no YouTube. O filme mostra, ainda, testemunhos de outras vítimas de assédio nas ruas da cidade.
Testemunho das francesas

As frases recheadas de vulgaridades e a violência com a qual alguns homens abordam a jovem no documentário, feito em plena capital da União Europeia, causaram indignação no resto do continente.

O assunto, que é raramente tratado pela imprensa, ganhou espaço em jornais, revistas e emissoras de TV na França, um dos berços do movimento feminista. O assédio sexual de rua, travestido de simples “cantada”, também gerou debate nas redes sociais francesas.
Cena do Documentário de Sofie Peeters (Foto TV Brussel)

Mulher dá depoimento pessoal no vídeo de Sofie Peeters

Depois que um jornalista escreveu em seu Twitter que ainda não tinha visto “nenhuma menina reclamar de ter recebido o mesmo tratamento” na França, centenas de mulheres postaram na rede social alguns exemplos de comentários agressivos, repletos de conotações sexuais, que são obrigadas a escutar diariamente nas principais cidades do país.

Por coincidência, o Parlamento francês aprovou na última semana uma lei mais dura contra o assédio sexual, após um vazio jurídico ter sido criado pela anulação de uma lei anterior, considerada ambígua pelos magistrados.

A Bélgica também adotará medidas para diminuir a violência verbal sofrida pelas mulheres. Uma lei que deverá entrar em vigor em setembro prevê multas por assédio sexual na rua.

Sofie Peeters decidiu deixar Bruxelas e voltar a viver em uma cidade menor, no interior do país.”

Via: BBC Brasil

13 Comentários
  1. Fernando

    Seria interessante ter este Documentário Legendado. Inegavel a falta de respeito que acontece em todo o mundo, e ainda mais interessante para quem nao tem acesso direto como nosso amigo Rikera aqui de baixo ao que se esta tratando.

  2. Rikera

    Moro na Belgica a 8 anos , e me desculpem esses mulsumanos e africanos o raca nojenta . Nao respeitao ninguem toda mulher que nao tenha um vel an cabecac é tratada como vagabunda , as vezes muito pior do que esse documentario . Todas as brigas entre a comunidade brasileira e essa raca sao por causa de mulheres , eles nao respeitao chingao , cospem e desrespeita a mulher do cara sabendo que ela esta acompanhada

  3. Fagner

    Existe um ditado, que é quase uma regra; “não faça com os outros aquilo que não deseja que façam com você” (ou no caso, com a sua namorada, esposa, etc). Quem acha que esse é o preço por ser gostosa, me desculpa, mas, nós passamos milhões de anos desenvolvendo o maior encéfalo entre os seres vivos não foi atoa… use mais a sua cabeça de cima em determinadas horas, faz bem!

  4. guerra

    Tudo tem lugar e hora. A cantada, obviamente é bem vinda, mas depende do ambiente. Mulher não é objeto para ser consumida. Outra coisa, depende do tipo de abordagem que se faz. qualquer coerção é violência, e não é porque a mulher se veste assim ou assado que é passado uma autorização para este tipo de aproximação. Tenho uma filha e fico pensando o absurdo da situação de algum homem achar que tem o poder sobre ela. Completo absurdo. Novamente, todo elogio, inclusive os safados, são bem vindos, mas depende da hora e do lugar.

  5. JoaoGordo

    Tirando os canalhas, babacas, que nao sabem trovar uma mulher, esse eh o preco por ser gata e gostosa.

  6. kazol

    De fato, muitas cantadas sao bem mais agressivas do que aqui, e se receber um fora, muitas vezes gera xingamentos se nao for pior. Morei la muito tempo, as vezes a situaçao é bem triste para as mulheres :/ Olhar mulher gostosa tudo mundo faz, assediar é outra coisa, ‘andré’.

  7. Leo

    Feminista Idiota! Que maneira Estúpida de responder os caras, alguns nem foram desrespeitosos na abordagem…

    1. Leiloca

      Aposto que se um varios homns te tratassem do mesmo jeito que essa mulher foi tratada e ainda te chsmassem de vadio safado, vc pararia para bater um papo educado com eles.

  8. André

    Que bobagem… Mulher gostosa todo homem olha. Machismo? Coloca um cara que as mulheres considerem gostoso e veja se elas não olham também. E também, é 1 em 100 que não gosta de ser olhada…

    1. Eduardo

      O problema não é ser olhada André, mas sim ser convidada na cara dura para “tomar algo lá em casa”. Olhar todo mundo olha, agora, abordar a mulher assim do nada já é meio demais.

      1. sortudao

        Esse assunto é bem complicado. Pois a abordagem na rua sempre existiu em diversos lugares. Mas existem níveis, que pessoas e épocas vão definir em aceitáveis ou não. Não só nas ruas, com as mulheres dominando mais locais, tem gerado mais oportunidades parecidas, principalmente no trabalho. Um dos problemas é dar a roupa determinar um perfil, já que em muitos ambientes ela faz isso, só que na rua pode coexistir com a ingenuidade, caso onde a abordagem trará constrangimento. Vou exemplificar com uma história real simples: uma mulher estava usando um vestido florido fino em um caminho comum para pessoas que vão ao shopping da cidade. Era dia normal de sol, ela aparentava estar sem sutiã e calcinha deveria ser minúscula pois a luz desenhava quase toda sua intimidade. Era impossível ela não ser olhada, por homens e mulheres. Alguns homens “cantavam”, lógico que algumas palavras iam de “linda”, passando por “gostosa” e “delicia, hein”, e chegando a provocações ou convites. Ao esperar um sinal abrir, aproximei e puxei assunto: dia bonito e todos na rua tendo que resolver problemas ao invés de curtir algo. Ela olhou com sorriso forçado. Perguntei se ela sabia onde ficava uma determinada loja mais próxima, então ela respondeu: no shopping. Questionei se era longe fingindo ser de outra cidade. Ela disse que poderia me indicar, pois era pra lá que ela estava indo. Pronto, foi conversando e lá chegando pude comentar em como ela estava chamando atenção. Ela concordou e mencionou que fui o único que a respeitou. Chegamos e agradeci pela companhia mas perguntei se não poderíamos conversar mais, ela disse a loja onde eu poderia encontrar ela dentro de uns 30 min. Fui, ela ja tinha feito o que tinha ido resolver, conversamos e saímos. Pedi taxi, fomos a um motel. O que me diferenciou dos outros? Só demorei mais a chamar ela de gostosa. Mas inicialmente pensei igual ou até pior do que todos eles quando fui acompanhando aquele rebolado. Que antes mordia o vestido e horas depois mordia outra coisa. Não tenho solução para o caso, a não ser educação. Respeito nós homens também merecemos. Vejo que alguns por exemplo apenas elogiam por deixar sangue ferver, mas se a mulher parar alguns nem saberão o que fazer. Lembro sempre da buzinada, nenhuma mulher vai sair correndo atrás do carro.

      2. Renan

        O problema é a falta de respeito, isso sim. Mulher quer ser respeitada, independente da roupa que esteja usando.