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Mulheres estão traindo cada vez mais, aponta pesquisa brasileira

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09/abr 2011

As mulheres estão traindo mais, indicam as pesquisas. Levantamento da Fundação Perseu Abramo e do Sesc com 2.365 brasileiras mostrou que 12% delas admitiram ter pulado a cerca pelo menos uma vez na vida – há nove anos eram 7%. Outro estudo, do Projeto de Sexualidade (Prosex) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), coordenado pela médica Carmita Abdo, mostra que, em média, metade já eve algum envolvimento extraconjugal.

Mais surpreendentes do que os números são os motivos que as fazem infiéis. Na pesquisa recém-divulgada da fundação, “Mulheres brasileiras e gênero nos espaços públicos e privado”, aparece a vingança como a grande motivadora para elas procurarem outro homem. Uma em cada três (35%) disse que só enganou o parceiro porque descobriu que havia sido traída e desejava provocar ciúme.

A advogada C.V., 23 anos, seguiu essa cartilha. Após três anos de namoro, ela descobriu que o namorado se encontrava com outras. “Todo mundo sabia, foi humilhante”, conta C.V., que chegou a surpreender o amado abraçado a uma moça. A primeira reação da advogada foi ceder às investidas de um colega de classe. “Na hora me deu tanta raiva que eu só pensei em dar o troco, nem estava apaixonada.” A pulada de cerca foi passageira e o namoro ainda durou três meses. “Mas eu não conseguia mais confiar nele e terminei tudo.” Segundo a antropóloga Mirian Goldenberg, elas dizem que foram empurradas para o colo de outro por vingança porque, mesmo inconscientemente, sabem que é mais aceitável do que assumirem uma atração física. “Culpar o homem pela traição, é uma desculpa social, já que em nossa sociedade não é aceito que as mulheres tenham o desejo de ter mais de um homem”, explica a autora de “Por que os Homens e as Mulheres Traem?” (editora Record). Em suas pesquisas, Mirian encontrou um índice de traição feminina de 47%. “As mulheres estão mais ativas no comportamento sexual, mas no discurso continuam se colocando como vítimas”, completa.

A segunda justificativa para trair o parceiro apontada na pesquisa da Perseu Abramo é a carência afetiva – 26% responderam que foram infiéis por não se sentirem amadas suficientemente pelos namorados ou maridos. Em terceiro lugar vem a insatisfação sexual (14%). Quando ficou grávida de seu filho, 15 anos atrás, a astróloga Denise Rodrigues, 51 anos, teve de enfrentar não somente uma gravidez complicada, mas também a rejeição do marido. “Tive uma gestação de risco e fui para perto da minha família em outra cidade nos últimos quatro meses. Quando voltei, ele tinha arrumado uma amante.” Depois de um ano de humilhações, uma depressão e muitos quilos a menos, ela encontrou alento no vizinho divorciado que a galanteava havia seis meses. “Eu estava extremamente carente e me sentia atraída por ele. Foi uma paixão louca, me senti bonita e desejada de novo, com mais vida”, conta. Apesar de o marido ter descoberto o romance, ela permaneceu com o companheiro até a morte dele, dois anos atrás. “Fizemos terapia de casal e ficamos mais 12 anos tentando, ele continuou a ter casos e era frio comigo, mas não tive mais ninguém, acabei jogando minha energia em outras coisas da vida.”

Outra especialista em relacionamentos amorosos, a psicanalista Regina Navarro Lins, autora do best seller “A Cama na Varanda” (editora Best Seller), explica que as mulheres lançam mão de motivos dramáticos para justificar um comportamento não aceito pela sociedade porque são educadas a ser frígidas. “Feminilidade no século XIX era não gostar de sexo e até hoje elas têm dificuldade de dizer que gostam”, explica a médica, que, em levantamento pela internet para escrever o livro “A Cama na Rede” (editora Best Seller), no ano passado, registrou índice de 72% de pessoas que já traíram, tanto homens quanto mulheres. Somente 11% das entrevistadas na pesquisa da Perseu Abramo admitiram que o que as levou aos braços de outro foi simplesmente a atração física. Ainda aparecem como causas da traição feminina o fato de ter casado por obrigação, a violência do marido e a ausência de vida sexual.

Na opinião de Regina Navarro, foi a invenção da pílula anticoncepcional, há 51 anos, que abriu o caminho para a igualdade de gênero também no item traição. “As mulheres tinham menos relações extraconjugais porque tinham medo de uma gravidez indesejada, mas a pílula mudou isso”, avalia. Para a psicanalista, o que ainda impede que elas traiam tanto quanto os homens é o fato de ainda sentirem mais medo e culpa do que eles. E isso se deve à educação dada às meninas: não separar sexo de amor. “Ainda somos regidos pela ideia do amor romântico, que entrou para valer na década de 1940 e prega a existência de uma fusão entre os amantes, em que um vai preencher todas as necessidades do outro”, explica Regina.

Por outro lado, os homens não cresceram sob esse tabu e conseguem fazer a separação com facilidade. Tanto que os índices de traição masculina continuam altos. Na pesquisa da Perseu Abramo, que também entrevistou 1.181 homens, 45% deles disseram já ter traído. “Sexo e amor são coisas distintas, você pode amar e não querer ter sexo e gostar de ter sexo e não querer casar. Está mais do que na hora de acabar com essa ideia de que uma pessoa tem que contemplar tudo. É por isso que existe tanta frustração nas relações”, defende Regina. E as mulheres, segundo ela, são as que mais sofrem e se mostram mais insatisfeitas nos casamentos. “Por causa desse pacto de exclusividade, que na prática é uma ficção, 80% dos casais vivem mal. Não sou contra casamento, mas essa fórmula que está aí não está dando certo”, preconiza a pesquisadora.

Nisso, os estudiosos das relações amorosas são uníssonos: homens e mulheres vão encontrar cada vez mais novas formas de se relacionar. “O jeito como lidamos com o amor está em constante transformação. É só imaginar que até há muito pouco tempo adultério era considerado crime”, lembra Carmita Abdo, da Prosex/USP. Para Mirian Goldenberg, a vantagem é que os casais terão mais opções. “Alguns manterão a exclusividade sexual como principal valor do casamento, outras experimentarão maior liberdade.” Regina Navarro vai mais longe. “Acredito no poliamor, quando se pode amar e ser amado por mais de uma pessoa.” Pelo jeito, se relacionar com o sexo oposto ficará mais e mais complexo daqui para a frente. Mas quem disse que um dia foi simples?

Fonte: Revista Istoé

8 Comentários
  1. Edy

    É incrível como uma porcaria dessas possa ser chamada de “pesquisa”. Pesquisa sem método não tem validade. Uma pesquisa que encontra que apenas 12% das mulheres já trairam falhou completamente na forma de abordagem. As mulheres, de início, sempre irão mentir. Especialmente num país em que as pessoas não entendem a diferença entre afirmação científica e fofoca de revistas. A única pesquisadora confiável, no caso é a Miriam Goldenberg, que encontrou 47% (mas foi com mulheres da classe média carioca). Já a Regina Navarro é militante da causa. De alguma forma ela consegui fazer a pesquisa tender para o que ela queria. Ela diz que 72% já trairam, tanto homens quanto mulheres, então ela não separou os dados por gênero e está jogando a média como se service para as mulheres. Além disso é ignorância dela dizer que mulher não separa sexo de amor apenas por questão cultural. Existe a própria fragilidade física da mulher que a torna mais carente de proteção do homem e isso força à exclusividade. Vai estudar mais Regina!

  2. joao

    Eu quero mais é que todas as mulheres gostosas ,lindas e sensuais , sejam extremamente liberais e solidarias aos apêlos sexuais masculinos e sejam abertas a demonstrarem seus afetos sexuais femininos sem nêuras ou restrições. Vamos lá mulheres ,ao novo mundo liberal . Que delícia!!!

  3. Eu

    Porra!!! Uma mulher igual essa gostosa aí da foto, seria um pecado se ela se reservasse para um homem só. Tem mais é que trair, para a felicidade geral dos homens. E para o homem que casar com ela, conforme-se, pois é para uma boa causa.

  4. Mateus Adeniz Pegoraro

    Porra vo me acabar no banheiro com essas fotos, eu to nem ai pra pesquisa!!!

  5. Artur

    Ah tnc, essas sexólogas são loucas pra arranjar um motivo pra dizer que dar o cú é bom, manda as filhas delas fazerem isso entao u.u

  6. Yuri

    Aldous Huxley (neto de Thomas Huxley, principal defensor da teoria da evolução proposta por Darwin em 1859)escreveu algo bem próximo do que se trata na pesquisa acima em seu livro Admirável Mundo Novo (Brave new world, 1932). O resumo do livro pode ser lido aqui: http://pt.wikipedia.org/wiki/Brave_New_World_(romance), mas resumindo, uma das partes que ele ficciona neste romance futurista é justamente a questão da banalidade sexual, num mundo onde literalmente “ninguém é de ninguém” e crianças tem educação sexual desde muito jovens, ter um parceiro fixo chega a ser ilegal no livro. Mas, do jeito como as coisas vão caminhando, acho que ele não exagerou muito não certo? -Y-

    1. César

      Sou casado e não gostaria de saber que minha mulher está dando o rabo a outro homem, más sinceramente eu sou doido por uma rabada casada.