Conto - Sorriso Pleno

Sempre tive namorados muito parecidos. Meu primeiro, eu apelidei de Sr. Viajante. Não que ele aparecesse pouco ou que realmente vivesse viajando. Mas sempre que ele ia gozar, fechava os olhos e parecia entrar em outra realidade. Não posso dizer que ele era ruim de cama. Mas faltava criatividade. Admito que me satisfazia relativamente bem, mesmo com um cardápio tão limitado de posições e brincadeirinhas sexuais. Parecia sempre que estava com medo de cair no estereótipo do homem canalha que só pensa em fuder.

O segundo foi o Sr. Goza-aí. Nossa, só de lembrar dele, minha buceta fica ária como o Saara. Mesmo sempre estando presente, ao contrário do primeiro, ele nunca realmente me pareceu estar no relacionamento. Foi meu namoro mais curto. 7 meses, que mais me pareceram 7 anos. Ignorava completamente todos os sinais que eu mandava pra ele, durante o sexo e simplesmente fazia o que ele queria. O que seria bom, se isso fosse algum tipo de “brincadeira” pra me fazer sentir ele como algum tipo de macho-dominante-caçador-fudedor-ativo-reprodutor. Mas não era. Ele realmente só pensava em gozar. Sempre, assim que ele terminava, ficava me cobrando pra que eu gozasse logo e ele pudesse descansar. Nunca, em nenhuma das vezes em que ele me comeu, eu senti um orgasmo chegando. Nem mesmo láááá longe no horizonte.

Depois veio o Mr. Simpatia com extrema educação. Era um verdadeiro cavalheiro. Abria a porta do carro sempre que eu ia entrar, abria as portas no caminho, quando estávamos passeando, segurava minhas sacolas e quaisquer outros pesos sem que eu pedisse, sempre fazendo questão. Me elogiava sempre e me dava presentes com significado real, não apenas caros. Era simpático e educado com minha família. Até com aqueles tios sem noção que vem falar a velha frasezinha “se você machucar ela, a gente te dá um quebra”. Mas na cama, ele infelizmente mantinha o mesmo nível de cavalheirismo. Nunca puxou meu cabelo, nunca me deu um tapa na bunda, nem gozou em qualquer lugar que não fosse dentro da camisinha. Dizia que sabia que as mulheres se sentiam degradadas por esse tipo de comportamento e que não queria, jamais, que eu me sentisse pouco importante. Me sentia uma bonequinha de luxo. Mas eu não me sentia feliz como tal.

E então, depois desse terceiro relacionamento, eu simplesmente desisti.

Pode parecer que eu pendurei a toalha cedo demais. Mas depois de passar uma adolescência ficando com garotos que eram mais imaturos e impulsivos que meu gato, de ter quase dado pra um ou dois deles. De ter descoberto, depois, que alguns deles falaram pra seus amigos que eu era frígida e de ter tido esses três namoros catastróficos, eu me encontrava com 27 anos e acreditando que os filmes pornô tinham destruído metade dos homens da minha cidade… e a disney a outra metade. Achei melhor deixar a coisa rolar, sem procurar, sem esperar e sem criar expectativa alguma quando se tratando de minha vida sexual. Não entenda mal, eu já tinha me sentido amada, me sentido desejada, me sentido importante. Disso eu não posso reclamar. Mas quem se contenta com pouco, acredita que merece pouco. E eu merecia mais. Como não ia parar a minha vida em busca do namorado perfeito (coisa que não existe), achei certo simplesmente transformar a busca em um resgate. Agora, eu era a donzela safada da torre. Querendo, não um príncipe pra me resgatar e me dar amor incondicional, eu queria que ele entrasse na torre, me fudesse como eu merecia e depois me convidasse pra sair de lá com ele, pra poder ter tudo que ele poderia me dar. Foi então que mergulhei na única coisa que me fazia sentir plena, naquela época. O balé clássico.

Passava horas praticando e me aperfeiçoando em frente ao espelho. Nesse momento, eu era sozinha. Era suficiente. Era completamente feliz em poder usar meu corpo para me dar prazer. Me levava até o limite, sempre pensando que aquilo era o ápice do meu corpo. Que lá, eu era melhor. O trabalho não importava. Meus amigos não importavam. Minha família não importava. Era apenas eu e meu reflexo.

Existia, obviamente, algo de muito sexual no modo que eu me observava. Sempre, entre um exercício e outro, observava minhas curvas. Nunca fui uma mulher muito voluptuosa, mas sempre tive seios, bunda e coxas presentes. Nada que nenhum namorado ou ficante fosse achar ruim. Deixe-me admitir logo de uma vez… sim, eu me achava gostosa. Uma magra gostosa, verdade. Mas sem sombra de dúvida, gostosa. Por diversas vezes eu “engatava a marcha lenta” nos banhos, no vestiário, só pra poder ficar sozinha e poder aproveitar o momento pós treino. E por diversas vezes, aquela roupinha de bailarinha que eu deixava separada no meu armário acabou sendo usada em outro tipo de espetáculo. Curtia muito me vestir como se fosse me apresentar e ficar me olhando, até que começava a despir a “fantasia” bem lentamente e sempre terminava em uma sessão particular de masturbação de frente para o espelho, escutando o chuveirão inundar o ambiente com seu estrondo de água em abundância e ainda suada do treino. E esse era o momento mais sexual dos meus dias.

Até que o inusitado mudou tudo.

Minha turma de treino era avançada. Apenas bailarinas com alguma experiência podiam treinar no mesmo horário que nós. Por isso, a turma toda era composta de mulheres com mais de 25 anos. Na verdade, mais de 27. Eu era a mais nova e menos experiente, na dança. Não que eu fosse a pior. Muitíssimo pelo contrário. Eu era a promessa da academia. A jovem prodígio que estava pau-a-pau com a dançarinha mais experiente. Técnica não me faltava, apenas experiência.

Foi então que, numa tarde de quinta-feira, ele foi apresentado. Mesmo com a roupa clássica de treino, que consegue deixar qualquer homem com cara de viado, ele mantinha uma masculinidade pulsante. O corpo não era esguio, muito menos esquelético. Era forte. Com músculos nada exagerados. Não era peludo demais, nem de menos. Tinha um corpo com detalhes extremamente masculinos. Sua postura era de homem, sua voz era de homem, seu olhar era de homem… ok… admito que posso ter percebido ele assim por que ele mexeu com minha imaginação no momento em que olhei pra ele. Mas era isso que importava.

Foram semanas de treino apenas observando os detalhes dele dançando, andando, conversando. Ele era calmo, educado, tranquilo e simpático. O que me travou um pouco, por me lembrar demais meu último namorado. Quando tive a oportunidade de te-lo como parceiro, em um ensaio, percebi que ele só fazia as coisas do jeito dele, o que me levou a mudar grande parte do que eu tinha praticado para me adaptar ao estilo dele. Isso me travou ainda mais, já que o meu segundo namorado tinha coisa parecida como característica.

Já estava começando a desencantar e voltar à focar no treino quando, em uma reunião da turma, foi definido que eu seria a parceira dele na próxima apresentação, o que me forçaria a praticar com ele com muitíssimo mais frequência. Não posso dizer que achei ruim, mas aquela eu foria que aconteceria se eu ainda o observasse como antes, não aconteceu. Simplesmente sorri pra ele e segui com o treino.

Novamente, semanas se passaram. Conversamos bastante e nos conhecemos melhor. Ele era, realmente, muito educado e com posições e opiniões firmes. Me destravou um pouco, mas não o suficiente pra aquele brilho voltar.

O que deixou o terreno perfeito para o que iria acontecer depois.

Em uma tarde de treinos, eu estava um pouco aérea, devido um problema no trabalho, e não consegui me desligar do mundo como eu normalmente fazia. Isso me fez errar por diversas vezes movimentos básicos e acabou por transformar uma tarde inteira de treino em tempo perdido. Me sentindo culpada, eu propus que nós marcássemos outro dia para retomar o ritmo, já que aquela tarde estava perdida. Ele, prontamente, perguntou se eu não topava continuar treinando noite à dentro, visto que desde o início do treino até aquele momento, eu estava retomando, aos poucos, meu ritmo normal. Ele falou que entendia que nem sempre nós conseguimos dar 100% e que uma tarde perdida em meio à meses de treinos impecáveis, era completamente aceitável. Eu concordei em continuar treinando.

Fomos para uma sala separada, já que depois de nossa aula, outra turma tomaria a vez, na nossa sala de costume. Assim que fechamos a porta, ligamos a música e nos colocamos em posição, notei que meu corpo agiu sozinho.

Ao invés de me por na distância normal, de costas pra ele, com braços erguidos e com ele segurando minha cintura, acabei por encostar minha bunda nele. Não pude deixar de notar que ele já estava com o pau duro, provavelmente se esforçando pra que eu não notasse. Mas o suspiro e minha cara de surpresa, que não consegui evitar de escapar, me denunciaram prontamente. Ficamos parados naquela posição por algum tempo. Talvez segundos, mas me pareceram horas.

Sem falar nenhuma palavra, ele simplesmente me agarrou e respirou profundamente no meu pescoço, matando uma sede por meu cheiro que, naquele momento, eu percebia existir. Uma sede imensa.

Instintivamente eu segurei a cabeça dele e puxei pra que eu sentisse ele ainda mais. Com a outra mão eu segurei sua cintura e empurrei minha bunda pra trás, sentindo ainda mais o pau duro dele contra mim.

Suas mãos rápidas já se encontravam dentro de minha blusa, acariciando meus seios e cintura, descendo lentamente para meu quadril.

Me virei de frente e beijei ele com toda a vontade que eu tinha guardada.

Só percebi estar sem blusa depois de escutar o barulho dela derrubando alguma coisa no outro lado da sala. Não quis saber nem pensar em nada. Apenas deixei ele fazer o papel dele.

Passeando da minha boca até meu pescoço, ele lambia e sentia meu gosto. O gosto do meu suor.

Senti a língua dele achar meus peitos e em seguida meus mamilos.

Simplesmente fiquei parada, deixando ele se aproveitar de mim.

O prazer da língua dele brincando com meus mamilos era imenso.

Cada calafrio que corria meu corpo era seguido por um gemido safado meu.

Eu estava esopada. Tanto de suor quanto de tesão.

Continuando o passeio pelo meu corpo, a língua dele desceu pelas minhas costelas, cordiscou minha cintura, lambeu meu quadril e eu vi, ao longe, minha calça ser arremessada ao encontro de uma das paredes espelhadas.

Lá estava eu, em pé no meio da sala da academia de dança. Nua, molhada de suor e tesão. Com um homem tirando minha calcinha lentamente.

Eu apenas ofegava de tesão e olhava por todos os ângulos que conseguia.

Pra baixo, meus seios compunham uma paisagem linda dele e da minha buceta aparecendo lentamente pra ele.

À frente, o espelho me deixava ver meu corpo nu, sendo explorado.

E nas laterais, minhas curvas me agradeciam por estar permitindo que aquele homem, agora, jogasse aquela calcinha para o mais longe possível.

Ainda de sapatilhas, andei até uma das paredes e me apoiei na barra de exercício.

Ele chegou por trás, ainda sem falar nada, e tirou de sua calça o pau mais duro, grosso e lindo que já tinha visto. Pulsando de tesão tanto quanto a minha buceta estava pulsando.

Olhei nos meus olhos, no espelho e esperei.

 

A sensação de ter, novamente, um pau entrando dentro da minha buceta era incrível.

Sentia ele deslizando dentro de mim, sendo sugado pra dentro e entrando ajudado pela minha lubrificação que, agora, já deixava toda minha buceta e virilha brilhando de tão molhadas.

Vi o pau dele entrando e saindo de mim brilhando também, combinando com toda a cena que acontecia ao som de uma música clãssica que pouco me importava.

Abri minhas pernas e me deixei ser dominada.

Ele fazia o trabalho dele com excelência.

Segurando em meu quadril, me puxava contra ele, fazendo com que cada vez que o pau dele entrasse fundo dentro de mim, eu pudesse escutar minha bunda batendo contra o quadril dele.

Eu apenas gemia e me deixava ser fudida.

Por algumas vezes levei minha mão até minha buceta, pra sentir o pau dele entrando e saindo, admito.

Não fui tão quietinha assim.

Principalmente na hora em que deixei meus dedos indicador e médio nos lábios da minha buceta, fazendo o pau dele passar por entre eles antes de ir fundo dentro de mim.

Eu estava ensopada.

Não existe outro termo para a minha condição.

Sentia minha buceta escorrer pelas minhas coxas.

Então senti, vindo de mim, uma sensação que eu já tinha passado tempo demais com saudades.

Senti todos os pelos do meu corpo se arrepiando.

Mesmo com a sapatilha, senti meus dedos dos pés se contorcendo.

Apertei forte a barra de treino.

E, ao mesmo tempo em que gozei como nunca tinha gozado, deixei escapar um gemido safado.

Perdi as forças nas pernas e caí no chão, sentada de frente para o espelho.

Ele, na eminência do gozo, apenas se deixou gozar.

Senti a porra quente dele banhar meus seios.

Escorrer pela minha barriga e, depois , o baruho dele, também, sentando exausto no chão.

 

A academia estava em silêncio, com excessão da música que tocava na nossa sala de treino.

Colocamos nossas roupas, ficamos alguns segundos sem graça, até que ele me puxou, me abraçou e me deu um beijo tão quente e cheio de vontade quanto antes de me fuder.

Saímos da sala e fomos para nossas casas.

Daquele dia em diante, todos os nossos treinos foram recheados de risos e olhares cheios de intimidade.

Passamos a nos ver frequentemente fora da academia de dança.

No dia da nossa apresentação, ele me pediu em namoro ainda no vestiário.

Aceitei com um sorriso pleno.

Durante a apresentação, fiz questão de errar a distância novamente e pude sentir, exatamente como antes, o pau duro dele contra minha bunda.