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O lado sombrio da indústria pornô japonesa

17/out 2016

Quem acompanha a pornografia japonesa sabe que os orientais trabalham os mais diversos e doentios fetiches de um modo muito explícito. É comum ver em produções pornôs no Japão o sexo entre parentes – incesto -, a questão da dominação mental como a hipnose ou até mesmo a dominação corporal, transformando mulheres em escravas sexuais. Estes fetiches não fazem apenas parte do universo fictício do que os humanos consomem para se satisfazer, há relatos reais de mulheres que se tornaram atrizes pornôs forçadas em busca de um outro ideal, totalmente enganadas.

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No Japão são produzidos anualmente 30.000 novas cenas pornográficas e há casos de jovens japonesas entrando de maneira abrupta neste mercado. Mesmo que seus desejos sejam outros, estas jovens são impactadas com falsas promessas de “agentes de talento” que “lavam suas mentes” transformando-as em escravas sexuais reais.

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É o caso da atriz pornô Saki Kozai, de 30 anos, que tinha a esperança de se tornar uma tradicional modelo de passarela, mas acabou enganada e levada para o cinema adulto. Após a assinatura de um contrato com uma agência, Saki foi convidada a estrelar uma suposta campanha de vídeos promocionais, que na verdade era uma produção pornô e descobriu naquele momento, antes da gravação, que a agência não era de modelos. A japonesa, na época com 24 anos, chegou no set de filmagem e foi forçada a fazer sexo em frente as câmeras. A manipulação mental foi tão grande que negar não era opção naquele momento e não havia possibilidade de escapar.

“Havia 20 pessoas ao meu redor, esperando que eu tirasse minha roupa e fizesse sexo. Nenhuma mulher poderia dizer que não numa situação como essa” afirmou Saki Kozai.

A agência forçou a aspirante a modelo a cortar laços com seus familiares e Saki tomava tranquilizantes para aguentar fazer as cenas eróticas. Sabe-se que no país algumas mulheres acabam se matando por não suportar a pressão e a decepção de serem iludidas no alcance de seus sonhos e que para isso devem em um primeiro passo fazer pornô. Uma mulher, recentemente, que realizou diversas cirurgias plásticas para apagar seu passado e não ser reconhecida pelas cenas sexuais que gravou, acabou em uma profunda depressão e cometeu suicídio.

“Tive uma lavagem cerebral e não podia tomar decisões racionais” diz Saki Kozai que conseguiu romper o contrato, mas atualmente segue ainda como atriz pornô freelancer.

Em junho deste ano, três agentes de talentos de Tokyo foram presos acusados de forçar uma mulher a aparecer em mais de 100 vídeos pornográficos. Segundo a ONG ‘Humans Right’ estes agentes prometem a jovens de 18 anos uma vida de luxo e fama e as fazem assinar contratos com entrelinhas mínimas de significado dúbio e nada claro. Quando elas se revoltam os agentes mexem com suas mentes dizendo que uma vez dentro do universo pornô não mais conseguirão empregos tradicionais.

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O grupo japonês Lighthouse, que combate as atividades de agentes do sexo, informou que no 1º semestre de 2016 60 mulheres os contataram para tentar escapar da indústria pornô, mas sabem que isso é só a ponta de um iceberg, que existem milhares de mulheres nestas condições.

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